Peço desculpas por não enviar o gabarito das atividades postadas anteriormente, mas tentarei disponibilizar sugestões de respostas para as próximas postagens. Este está sendo um ano de muito trabalho e pouco tempo. Conto com a compreensão de todos. 28/11/16.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

POR QUE ALGUNS ATLETAS TÊM MORTES FULMINANTES?


POR QUE ALGUNS ATLETAS TÊM MORTES FULMINANTES?
Eles estão sujeitos a mortes súbitas na mesma frequência que indivíduos comuns e sedentários. Para isso, basta o atleta ter predisposição ou uma doença crônica. “Como são pessoas públicas, eles são mais observados que um cidadão e o caso se torna maior. Mas mortes súbitas sempre aconteceram, não estão aumentando”, diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros, da Unifest (Universidade Federal de São Paulo). Calcula-se que no Brasil, a cada ano, cerca de 160 mil pessoas sejam vítimas de mortes fulminantes. Só que isso não rende muita notícia. Mas basta a vítima ser um atleta mais conhecido [...] para o caso ganhar os jornais.
É bom lembrar, porém, que algumas características do dia-a-dia dos atletas são fatores agravantes. A hipertermia, ou seja, o aquecimento excessivo do corpo, especialmente em dias de calor e de alta umidade do ar, é um deles.
Outro é o possível uso de anabolizantes, pois o usuário tende a ter um aumento no nível de colesterol, o que compromete as funções cardíacas. Por falar nisso, ao contrário do que se pensa, essas mortes repentinas não são sempre relacionadas ao coração. Também podem acontecer óbitos fulminantes ligados a problemas pulmonares ou neurológicos.
Para evitar novos sustos, os médicos recomendam, além de exames preventivos mais rigorosos, que estádios e ginásios passem a contar com mais recursos, como aparelhos adequados
para ressuscitação.
(Mundo estranho, ed. 26. Publicação mensal da revista Superinteressante - adaptado)
1. Segundo o texto:
(A) Somente os atletas com predisposição ou doença crônica sofrem mortes súbitas.
(B) A cada ano, cerca de 160 mil pessoas são vítimas de mortes fulminantes.
(C) Pessoas sedentárias têm mais chances de sofrer uma morte súbita que os atletas.
(D) Óbitos fulminantes ocorrem por problemas pulmonares e neurológicos.
(E) Atletas e indivíduos com vida sedentária têm a mesma chance de sofrer uma morte súbita.

2. Em “Para isso , basta o atleta ter predisposição ou uma doença crônica.”, o pronome isso se refere a(o)(s):  
(A) frequência.            
(B) indivíduos. 
(C) mortes súbitas.                
(D) sujeitos.     
(E) eles – os atletas.

3. No trecho: “Como são pessoas públicas, eles são mais observados que um cidadão e o caso se torna maior. Mas mortes súbitas sempre aconteceram, não estão aumentando”, o pronome eles refere-se a(o)(s):   
(A) mortes súbitas.          
(B) atleta.
(C) pessoas sedentárias.
(D) indivíduos comuns.
(E) fisiologista Turíbio Leite de Barros.

4. Uma das características do dia a dia do atleta que agrava o problema da morte súbita é (são) a (o)(s)
(A) óbitos fulminantes.
(B) mortes relacionadas ao coração.
(C) aumento das funções cardíacas.
(D) dias de calor e baixa umidade.
(E) aquecimento excessivo do corpo.

5. No trecho “Só que isso não rende muita notícia.”, o pronome isso se refere a(o)(s)
(A) jornais, que tornam maior o caso da morte súbita de um atleta.
(B) predisposição ou à doença crônica dos atletas.
(C) indivíduos comuns e sedentários.
(D) fato de que, se a vítima for um atleta conhecido, o caso ganha os jornais.
(E) número de vítimas anuais de mortes fulminantes no Brasil.

6. A solução para o problema levantado apresentada pelo autor do texto é
(A) ter predisposição ou uma doença crônica, mais observados em um cidadão.
(B) o aquecimento excessivo do corpo, especialmente em dias de calor e de alta umidade do ar.
(C) exames preventivos mais rigorosos que estádios e ginásios passem a contar com mais recursos, como aparelhos adequados para ressuscitação.
(D) um aumento no nível de colesterol, o que compromete as funções cardíacas.
(E) óbitos fulminantes ligados a problemas pulmonares ou neurológicos.

7. A pergunta feita no título “POR QUE ALGUNS ATLETAS TÊM MORTES FULMINANTES?” é respondida em:
(A) Para evitar novos sustos, estádios devem contar com mais recursos.
(B) Atletas estão sujeitos a elas com a mesma frequência que indivíduos comuns.
(C) Porque os anabolizantes comprometem as funções cardíacas.
(D) Basta o indivíduo ter predisposição ou doença crônica.
(E) Cerca de 160 mil pessoas são vítimas delas a cada ano.

8. Qual é a tese apresentada pelo texto ?
Eles (os atletas) estão sujeitos a mortes súbitas na mesma frequência que indivíduos comuns e sedentários.

9. Quais os argumentos usados pelo autor para sustentar a tese defendida no texto?
1º Basta o atleta ter predisposição ou uma doença crônica.
2º A hipertermia, ou seja, o aquecimento excessivo do corpo, especialmente em dias de calor e de
alta umidade do ar, é um deles.
3º O possível uso de anabolizantes.
4º Não são sempre relacionadas ao coração, mas também podem acontecer óbitos fulminantes
ligados a problemas pulmonares ou neurológicos.

Interpretação de texto c/gabarito


CRIME MAIS QUE PERFEITO
Quando o furgão contornou a esquina e parou diante do nº 168, Davi abriu a caderneta e anotou: Quinta-feira, chegada, 4h 15min. Assistiu ao leiteiro que, com passadas rápidas, deixou o litro de leite à porta e retornou ao furgão, posto logo em movimento. Davi escreveu: saída, 4h 20 min. Embolsou a caderneta, desprendeu-se do pilar que lhe servia de esconderijo. Planejava o crime original.
Voltara para casa assim como saíra, invisível. Subiu a escada, parou no corredor. O quarto de tia Olga fechado, mas, no de Cláudia, a luz riscava o chão pela fresta da porta. Empurrou-a com cuidado, entrou no quarto e contemplou a irmã adormecida. Para Davi, ela seria sempre uma criança. Os olhos dele foram ficando mansos, os lábios esboçaram um sorriso... Um leve ruído: a adoração se encobriu de trevas.
Com a mesma cautela, saiu para o corredor e logo entrou em seu quarto. A lembrança súbita de Jorge Antar dissipou a beleza deixada em seus olhos pela moça em doce sono. Aquele noivado. Revoltava-se com o amor de Cláudia pelo malandro. Conhecia-o bem: vivia de golpes financeiros, além de possuir, em segredo, um harém. O malandro visava à herança da moça, inocente e apaixonada. Não, Jorge não seria o homem de Cláudia, dessa Cláudia que ele, substituindo o pai ajudara a criar. Há dias, por isso, resolvera mudar seu comportamento, não agravar, com novas rixas, suas relações com a irmã. Recolhera conselhos, reprimira censura e ameaças, enquanto o plano diabólico progredia na ardência do cérebro, como o relógio trabalhando no interior da bomba.
Deitado na cama leu a caderneta: “leiteiro” Segunda-feira, chegada, 4h 08 min. – saída, 4h 15 min.; Quarta-feira, chegada, 4h 05 min. – saída, 4h 12 min. Na última anotação: chegada, 4h 15 min. – saída, 4h 20 min. O furgão parava na rua das Margaridas, nº 168, sempre depois das 4 horas da madrugada, e em sua casa às 3 horas, mais ou menos. Plano feito, perfeito. E mais perfeito ainda, porque Cláudia, conforme havia dito, iria passar o fim de semana, na capital, fazendo compras e preparando seu espírito para o casamento.
Davi já conhecia todos os hábitos de Jorge: no sábado, acordava mais cedo, tomava seu desjejum e saía de casa para o “trabalho”, antes da criada entrar em serviço. Aquele plano era exato como a sucessão das horas, infalível como a própria morte...
Sexta-feira, a véspera da perfeição. A noite demorou, mas acabou gerando a madrugada. O motor do caminhão forçou a marcha. Era o leiteiro virando a esquina. Davi ouviu a parada em frente de sua casa; o tilintar de vidros. Os passos de retorno, a batida do portão. Sentou-se na cama, calçou o tênis. Levantou-se, foi à cômoda, abriu a gaveta e meteu o vidrinho no bolso. Apanhando a lanterna, clareou o relógio de pulso: 3h 20min. Calçou as luvas que estavam debaixo do travesseiro. Iluminando o caminho, chegou à sala, abriu a porta, cuidadosamente pegou o litro de leite pelo gargalo e depois seguiu para a copa. Foi à pia, retirou a tampa da vasilha, derramou um pouco de leite, substituindo pelo conteúdo do vidrinho que trouxera. Recolocou a tampa, meteu o litro de leite no bolso largo do casaco. Abotoou o casaco, saiu pela porta da cozinha. Fez sumir na lata de lixo o vidrinho lavado. Luz sobe o pulso: 3h 35 min.
Seguiu para a casa de Jorge, atingindo-a pelos fundos. Agachando-se, escondeu sob o tanque de lavar roupas. Relógio iluminado: 4h.
Depois de dez minutos, o furgão parou em frente à casa. Davi decifrou a jovialidade do entregador pelos passos meio dançados. De novo, os passos. O motor pulsando, a neblina tragando as luzes vermelhas do furgão.
Sempre encostado à parede, Davi caminhou até à porta lateral da casa onde uma pequena entrada o protegia da visão da rua. Na soleira de mármore, aproximou os dois litros de leite.
Levantou-se, enfiou no bolso do casaco o que fora deixado para Jorge, com a mesma precaução, dirigiu-se ao lugar de espera, perto do tanque. Retomou o caminho de volta, pisando sempre na parte cimentada do quintal a fim de não largar vestígios de seu tênis.
A neblina espessa não venceu a intrepidez da caminhada de volta, última pedra do mosaico delituoso. Fechando-se na cozinha de sua casa, sentiu-se liberto. Tonificado pelo descanso de alguns segundos, repôs em seus lugares o casaco, o litro de leite e as luvas. Depois de tirar os tênis, acendeu o isqueiro, aqueceu-lhes as solas para secá-las mais rapidamente. Em seguida, limpou-os com um pano e guardou-os no lugar costumeiro. Preparado para dormir, ingeriu uma pílula. Caiu na cama, com um suspiro de
alívio. Em breve o cansaço e o hipnótico trouxeram o sono que surpreendeu Davi no gozo de sua obra
perfeita.
Quando amanheceu, gritos:
 —Davi, acorda. Acorda, menino!
E a tia Olga começou a agitá-lo.
— O que é que há, titia?
— Estão aí dois homens da polícia que querem falar com você.
— Da polícia? Diga-lhes que descerei imediatamente. Enquanto as mãos trêmulas lavavam o rosto, pensou: “É impossível. Não cometi nenhum erro. Ninguém me viu”. Revisou todos os seus atos: não encontrou a menor falha. Amarrando o roupão, desceu a escada.
 —Sr. Davi Ortiz? Carlos Antunes, delegado de plantão.
— Não estou entendendo...
— Estou aqui em cumprimento de um dever bastante desagradável.
— Como assim?
— Antes de pedirmos a colaboração do senhor, no entanto...
— Sim?
— Jorge Antar foi encontrado morto, esta manhã, na casa em que morava.
— Que horror!
— Ao lado dele, também morta... a senhorita Cláudia, irmã do senhor. Acreditamos que se suicidaram, de acordo com as primeiras investigações, com veneno misturado ao leite.
(Luiz Lopes Coelho, A morte no envelope)
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VOCABULÁRIO:
Furgão: Carro coberto, para transporte de bagagens ou pequena carga.
Fresta: Abertura estreita na parede, para deixar passar a luz e o ar.
Dissipar: dispersar, desfazer, fazer desaparecer.
Visar: Ter como objetivo; ter em vista.
Jovialidade: Alegre, prazenteiro.
Precaução: Cautela, cuidado.
Espesso: Grosso, denso.
Intrepidez: Valentia, coragem.
Mosaico: Embutido de pedrinhas de cores, dispostas de modo que formem desenhos.
 Delituoso: Que constitui delito; culposo.
Tonificar: Dar vigor a; fortificar.
Hipnótico: substância que produz sono.
Gozo: prazer, satisfação.
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1. A frase que apresenta a ideia principal do texto é:
A) “Planejava o crime original”.              
B) “Davi escreveu: saída, 4h 20min”.  
C) “Quando o furgão contornou a esquina”.           
D) “Davi abriu a caderneta e anotou”.   
E) “Acreditamos que se suicidaram.”

2. A intenção de Davi Ortiz ao anotar a chegada e a partida do leiteiro era
A) saber o horário em que o leite chegava nas casas.        
B) evitar que algo desse errado em seu plano.
C) fazer anotações sobre o movimento dos furgões.            
D) conhecer todos os hábitos de Jorge.
E) anotar as casas que recebiam leite.

3. Em “Um leve ruído: a adoração se encobriu de trevas” , o que fez Davi mudar de atitude foi o fato de
A) Cláudia esboçar um leve sorriso.           
B) o quarto da tia Olga estar fechado.
C) ter-se lembrado do noivo de Cláudia.    
D) Cláudia se mexer na cama.   
E) estar chegando a hora de o leiteiro passar.

4. A expressão “...além de possuir, em segredo um harém.” significa que o noivo
A) era um sultão árabe que possuía muitas mulheres.    
B) já era casado.              
C) tinha em sua casa muitas esposas.
D) trocava constantemente de esposas.                           
E) vivia cercado de mulheres.

5. A palavra “trabalho” escrita entre aspas, deve ser vista como uma ironia, devido ao fato de (o)
A) antagonista trabalhar em ofícios desgastantes.         
B) trabalho do personagem ser muito cansativo.
C) noivo possuir um harém.                                          
D) Jorge Antar trabalhar em ofícios não respeitáveis.
E) jovem ser responsável e ter bons hábitos.

6. O local escolhido por Davi para observar a chegada do caminhão, antes do crime, foi
A) o fundo do jardim.                   
B) atrás de um pilar.                         
C) embaixo do tanque de lavar.
D) pequena lateral da casa.         
E) um esconderijo na parede.

7. É característica psicológica do protagonista o fato de ele ser
A) relaxado.    
B) desmotivado.     
C) calculista.        
D) tímido.           
E) jovial.

8. O personagem principal não aprovava o casamento da irmã com Jorge Antar porque
A) o noivo tinha um harém.       
B) o noivo era malandro e mentiroso.        
C) Cláudia não amava o noivo.
D) era muito ciumento.             
E) agia como pai da moça.

9. Todas as frases abaixo são precauções para tornar o crime perfeito, exceto
A) “... pisando sempre na parte cimentada do quintal...”            
B) “Fez sumir na lata de lixo o vidrinho lavado”.
C) “Calçou as luvas que estavam debaixo do travesseiro”.       
D) “... aqueceu-lhes as solas para secá-las mais rapidamente”.   
E) “... contemplou a irmã adormecida.”

10. Ao saber que a polícia estava em sua casa, Davi ficou:                
A) aliviado e feliz.       
B) trêmulo e agitado.              
C) orgulhoso de seu plano.    
D) temeroso de ter sido descoberto.     
E) tranquilo, despreocupado.

11. Apesar de não conhecer o rapaz, Davi concluiu que o entregador de leite era jovem porque
A) entregava o leite com rapidez.                    
B) parecia dançar quando andava.
C) sabia dirigir um furgão.                               
D) a neblina tragava as luzes vermelhas do furgão.
E) acordava de madrugada todos os dias.

12. Para não levantar suspeitas, Davi tomou algumas atitudes com relação à irmã. Uma delas foi:
A) reprimir Cláudia a toda hora.           
B) não lhe dar mais conselho.        
C) não falar mais com ela.
D) contemplar a irmã adormecida.       
E) deixá-la viajar com o noivo.

13. A lógica do título “Crime mais que perfeito” foi fundamentada com o fato de que
A) o personagem principal matou apenas Jorge Antar.     
B) por ironia, Davi matou também a irmã do criminoso.
C) a polícia achava que fosse suicídio.                              
D) tudo fora premeditado com muita perfeição.
E) houve uma total impunidade do protagonista.

14. Com a frase: “Plano feito, perfeito” ,o protagonista concluía que
A) Cláudia casaria com outro homem.      
B) valeria a pena tantas noites em claro.     
C) o crime não seria descoberto.
D) o furgão pararia na rua das margaridas, nº 168.        
E) Cláudia viajaria na véspera do crime.

15. Cláudia Ortiz disse ao irmão que viajaria na sexta-feira para a capital. No entanto, ela se encontrava no (a)
A) companhia do noivo.      
B) shopping, fazendo compras.        
C) quarto de tia Olga.
D) casa de uma amiga.       
E) seu quarto, dormindo.

16. Em “A noite demorou, mas acabou gerando a madrugada”, representa que a(o)(s)
A) noite passava com rapidez.          
B) madrugada demorou a chegar.    
C) era véspera do dia do casamento.
D) horas passaram despercebidas.   
E) tempo estacionou.

17. O fato surpreendente no desfecho da história foi
A) tia Olga gritando desesperadamente.                                           
B) a chegada da polícia na casa de Cláudia.
C) Cláudia não estar preparando o espírito para o casamento.        
D) Jorge Antar ter sido encontrado morto.
E) a morte acidental de Cláudia.

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