Peço desculpas por não enviar o gabarito das atividades postadas anteriormente, mas tentarei disponibilizar sugestões de respostas para as próximas postagens. Este está sendo um ano de muito trabalho e pouco tempo. Conto com a compreensão de todos. 28/11/16.

domingo, 29 de janeiro de 2012


Atividade 1º Ano - Ensino Médio

Veja bem, meu bem (Los Hermanos)
Composição: Marcelo Camelo

Veja bem, meu bem
Sinto te informar que arranjei alguém
pra me confortar.
Este alguém está quando você sai
E eu só posso crer, pois sem ter você
nestes braços tais.

Veja bem, amor.
Onde está você?
Somos no papel, mas não no viver.
Viajar sem mim, me deixar assim.
Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins.

Enquanto isso, navegando vou sem paz.
Sem ter um porto, quase morto, sem um cais.

E eu nunca vou te esquecer amor,
Mas a solidão deixa o coração neste leva e traz.

Veja bem além destes fatos vis.
Saiba, traições são bem mais sutis.
Se eu te troquei não foi por maldade.
Amor, veja bem, arranjei alguém
chamado saudade.

1. A palavra “bem” aparece duas vezes no título da música. Explique em que sentido ela é usada em cada uma dessas vezes.

2. Como você acha que o “eu” da canção está se sentindo? Que passagens do texto te levaram a concluir isso?

3. O eu da música insinua que está se relacionando com uma outra pessoa. Explique de que maneira o compositor constrói essa expectativa e como ele rompe com ela.

4. Explique o verso: “Somos no papel, mas não no viver”.

5. No primeiro verso da quinta estrofe da canção, o autor faz referência a “fatos vis”. Na sua opinião o que seria um fato vil e quais deles são apontados na música?

6. A música trata de uma separação? Justifique sua resposta.

7. Você acha que o relato presente na música foi de fato realizado diante de uma pessoa concreta ou aconteceu de outra maneira? Qual? Justifique sua resposta.

8. Se você fosse o interlocutor desse texto, quais seriam suas reações no decorrer da leitura e como você responderia a ele?

Gabarito
1 - O bem de “veja bem” faz parte de uma expressão que significa “preste atenção em”, “escute atentamente”, ou seja, funciona como advérbio de intensidade. Já o “bem” de “meu bem”, é uma expressão carinhosa para denominar algo ou alguém, isto é, funciona como substantivo.

2 - Se sente sozinho quando menciona palavras como “confortar” e “solidão” ou quando faz perguntas como “onde você está?”. Se sente também angustiado porque admite estar “sem paz”.

3 - O eu parece estar se relacionando com uma pessoa física na medida em que a nomeia a como um “alguém”. No entanto, no último verso, ele revela que esse “alguém” é na verdade um sentimento: a saudade.

4 - Ele quis dizer que estava casado legalmente, “no papel”, mas não sentia que o relacionamento estivesse bem a ponto de ser considerado um casamento.

5 - Fatos vis são situações tristes, indignas, ruins. Uma delas, por exemplo, é o fato de o eu se sentir sozinho quando seu parceiro viaja, sai ou não está. Por essa razão é que afirma estar com o outro “no papel”, mas não no viver.

6 - Não, porque ele afirma ainda amar a esposa quando diz: “E eu nunca vou te esquecer” e quando explica que as traições são bem mais sutis do que pensamos. Isso pode indicar que ele não está traindo de fato e, sim, só sentindo saudades, já que é ao lado desta que ele se encontra a maior parte do tempo.

7 - É provável que o interlocutor sinta-se surpreendido ao perceber que o parceiro estivesse dando termino ao relacionamento, por afirmar que tinha arranjado outra pessoa para confortá-lo. No entanto, deveria se sentir aliviado ao saber, ao final do texto, que esse alguém não era uma pessoa física e sim um sentimento, a saudade.

Atividade retirada do site:  http://www.letras.ufmg.br/redigir/

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Literatura 9º ano - Letra da música "Bola de meia, bola de gude"

Bola de meia, bola de gude

Há um menino,
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado
No meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor
Pois não posso, não devo, não quero
Viver como toda essa gente insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solitário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão

Há um menino,
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão.

NASCIMENTO, Milton; BRANT, Fernando. Disponível em:http://www2.uol.com.br/miltonnascimento/home.htm. Acesso em: set. 2008

1)      O “eu poético” é um adulto que diz ter uma criança habitando seu coração. Em que momento da vida do adulto a criança se faz presente?
2)     Que referências do texto dizem respeito ao mundo da criança?
3)     Releia estes versos: “Há um passado no meu presente/ Um sol bem quente lá no meu quintal”.
a)     Como você explica a expressão destacada?
b)     Com base nesse raciocínio, qual o significado do segundo verso?
4)     O “eu poético” diz: “Pois não posso, não devo, não quero / Viver como toda essa gente insiste em viver”.
a)     Quem é “essa gente” a quem ele se refere?
b)     Ao dizer “não posso, não devo, não quero”, o “eu poético” assume uma atitude diante das coisas que ele considera erradas. Como ele quer viver?
5)     O que o menino representa para o adulto nessa canção?
6)     Pode-se dizer que o menino também representa para o adulto um amigo, aquele em quem ele busca apoio em sua caminhada pela vida? Explique.

Gabarito:
1)       Quando o adulto “balança”, quando ele “fraqueja”, isto é, nos momentos de tristeza e de dificuldade.
2)      “Bruxa” e “bola de gude, bola de meia”, que são brinquedos infantis.
3)      a) Que o menino que ele foi um dia ainda está presente nele adulto.
      b) O sol quente simboliza o calor, o aconchego, a proteção e também a luz. A referência a esse ambiente remete à ideia de segurança e proteção.
4)   a) Pessoas que não acreditam em amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor.
      b) Ele quer viver segundo valores que considera corretos.
5)      Representa a segurança e a volta aos valores morais que os adultos, muitas vezes, esquecem e deixam de praticar ao longo da vida.
6)      Sim. Para o “eu poético”, o menino, dentro dele, o ampara nos momentos de tristeza e de dificuldades, dando-lhe força e coragem.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Prova de Literatura - 7º ano

E.E. Prof. Levindo Lambert - Prova de Literatura – Estudos Independentes – 7º ano 
Professora: Eva
Aluno(a): _______________________________________Nº:_______ Turma: 

Texto 2
Trem de ferro 
(Manuel Bandeira)

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Virge Maria que foi isto maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seo foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força

Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!

Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

_______________________________________________________________________________
Texto 3
Trem sujo da Leopoldina 
(Solano Trindade)

Trem sujo da Leopoldina
Correndo correndo
Parece dizer
Tem gente com fome
Tem gente com fome
Tem gente com fome

Piiiiii
Estação de Caxias
De novo a dizer
De novo a correr
Tem gente com fome
Tem gente com fome

Tem gente com fome

Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso

Carlos Chagas
Triagem, Mauá
Trem sujo da Leopoldina
Correndo correndo
Parece dizer

Tem gente com fome
Tem gente com fome
Tem gente com fome

Tantas caras tristes
Querendo chegar
Em algum destino
Em algum lugar

Trem sujo da Leopoldina
Correndo correndo
Parece dizer
Tem gente com fome
Tem gente com fome
Tem gente com fome

Só nas estações
Quando vai parando
Lentamente começa a dizer
Se tem gente com fome
Dá de comer
Se tem gente com fome
Dá de comer

Se tem gente com fome
Dá de comer
Mas o freio de ar
Todo autoritário manda o trem calar
Psiuuuuuuuuu.
_______________________________________________________________________________
1. Há versos, nos dois poemas, que repetem palavras imitando o ritmo do trem. São elas:
a) “ Café com pão” / “Tem gente com fome”.             
b) ‘Vou mimbora vou mimbora / “Só nas estações”.
c) “Virge Maria que foi isto maquinista?” / “Trem sujo da Leopoldina”.       
d) “Nasci no sertão” / “Só nas estações”.

2. No texto 1, a linguagem coloquial é muito utilizada. São exemplos de linguagem coloquial os versos:
a) “Café com pão” / “Café com pão”.              b) “Quando me prendero” / “No canaviá”
c) “Agora sim” / “Voa, fumaça”.                   d) “Muita força” / “Muita força”.

3. No texto 1, os versos que mostram a velocidade do trem em movimento são:
a) “Virge Maria que foi isto maquinista?”.                                              
b) “Agora sim / Café com pão”.
c) “Passa ponte / Passa poste / Passa pasto / Passa boi / Passa boiada”.    
d) “Cada pé de cana / Era um oficiá”.

4. No texto 2, o trem começa a diminuir sua velocidade até parar definitivamente. O verso que indica essa ação é:
a) “Trem sujo da Leopoldina”.                       b) “Tem gente com fome”.
c) “Psiuuuuuuuuu”.                                        d) “Correndo correndo”.

5. No texto 2, o poeta reproduziu o som do apito do trem. Esta figura de linguagem que procura reproduzir sons e ruídos de coisas, pessoas ou animais chama-se onomatopeia. Um exemplo de onomatopeia encontra-se no verso:
a) “Trem sujo da Leopoldina”.         b) “Tem gente com fome”.
c) “Correndo correndo”.                  d) “Piiiiii”.

6. No texto 3, os passageiros do trem são:
a) alegres.         b) tristes.        c) satisfeitos.       d) felizes.

7. “TODO autoritário manda o trem calar.” (Texto 3)
A frase em que a palavra sublinhada possui o mesmo sentido da palavra destacada acima é:
a) Tomei todo o leite.     b) Acabei Todo o trabalho.    c) Todo menino tem amigos.    d) Comi todo o feijão.

Texto 4

            Tal qual uma lenda, a obra surrealista emociona por meio de imagens fantásticas, totalmente irreais. A presença do imaginário – dos sonhos e devaneios – é parte essencial das composições.
            Tarsila do Amaral, Cícero Dias, Ismael Nery são alguns dos artistas brasileiros que pintaram obras surrealistas.
[...]
            Enquanto existirem seres pensantes em nosso planeta, as histórias sobre seres fantásticos continuarão sendo repetidas de geração em geração. Histórias que desafiam nossa imaginação, às vezes nos divertindo, às vezes nos assustando, que vivem e são misteriosamente mantidas vivas pelo povo, esteja ele nas florestas ou nas esquinas das cidades.
            E assim, os pintores, escritores, contadores de histórias, músicos e poetas sempre poderão buscar fontes e caminhos para a sua arte nas lendas e personagens do imaginário popular.
ROSA, Nereide Schilaro Santa. Lendas e personagens.

8. Segundo o texto, as lendas e as obras surrealistas têm em comum
a) a presença do imaginário.                                 b) os pintores e os escritores.
c) os florestas e as esquinas das cidades.            d) a parte essencial das composições.

9. Segundo o texto, as histórias sobre seres fantásticos serão mantidas vivas
a) com os pintores escritores, contadores de histórias, músicos e poetas.
b) enquanto existirem seres pensantes em nosso planeta.
c) nas florestas e nas esquinas das cidades.
d) nas fontes e nos caminhos.

10. Na frase “Histórias que desafiam nossa imaginação, às vezes nos divertindo, às vezes nos assustando, que vivem e são misteriosamente mantidas vivas pelo povo...”, o adjetivo em destaque refere-se
a) às histórias.        b) à imaginação.         c) à mantidas.        d) às vezes.

Trabalho de Literatura - 7º ano

E.E. Prof. Levindo Lambert - Trabalho de Literatura – Estudos Independentes 7ºano 
Professora: Eva
Aluno(a): ____________________Nº:_______ Turma: _____________

O dia em que os jacarés invadiam Nova Yorque.
         Deu no jornal: experiências genéticas produziram minúsculos jacarés que foram vendidos aos milhares em Nova Yorque como brinquedo. Mas eram ferozes como seus ancestrais e os pais, receosos de que os filhos fossem mordidos, despejaram os jacarezinhos nos vasos sanitários e puxaram a descarga. Foi um erro fatal: centenas de jacarés sobreviveram e fizeram dos esgotos da cidade seu habitat. Lá, durante anos, se reproduziram. E cada geração – sabendo-se os insondáveis mistérios da genética – aumentava de tamanho, acabando por produzir espécies muito maiores que os crocodilos do Nilo. Quando as autoridades deram pela coisa era tarde. Pelas saídas do metrô, pelas galerias de esgotos, pelo Rio Hudson, milhões de jacarés gigantescos ganharam as ruas num ataque de surpresa e comeram a maior parte da população. Mais espantoso ainda: os jacarés assimilavam a personalidade daqueles que devoravam. De modo que a estrutura da cidade não se alterou muito, só que em vez de seres humanos eram os jacarés que dominavam a cidade: serviços públicos, transporte, comunicações, tudo. A Estátua da Liberdade foi substituída por um jacaré com um archote. Nem todos os habitantes foram comidos. Os jacarés que haviam comido os cientistas especializados em genética começaram a fazer experiências com suas cobaias humanas. Até que conseguiram produzir nos laboratórios homenzinhos com vinte centímetros de altura, que foram vendidos como brinquedos para os filhotes dos jacarés. Mas os minúsculos seres não haviam perdido a ferocidade dos seus ancestrais e começaram a hostilizar seus donos com lanças improvisadas. Os jacarés, com receio de que seus filhos se machucassem, pegaram os homenzinhos e os despejaram nos vasos sanitários. E puxaram a descarga. Foi o erro fatal para os jacarés.
JAGUAR. Contos jovens. São Paulo: Brasiliense, 1975.

1. Qual é o tema do texto?
2. O caráter fantástico do conto aparece em alguns trechos. Destaque um deles.
3. O que significa a palavra habitat?
4. Por que os pais jogaram os jacarezinhos no vaso sanitário?
5. Por que a estrutura da cidade não ficou muito diferente apesar de os jacarés terem comido muitos seres humanos? 
6. O conto termina com a seguinte afirmação: “Foi um erro fatal para os jacarés.” Você concorda com ela? Por quê? 
7. E agora, que tal você produzir um conto fantástico?

Chapeuzinho vermelho - Com interpretação

Chapeuzinho Vermelho
            Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho, que tinha esse apelido pois desde pequenina gostava de usar chapéus e capas desta cor.
            Um dia, sua mãe pediu:
            - Querida, sua avó está doente, por isso preparei aqueles doces, biscoitos, pãezinhos e frutas que estão na cestinha. Você poderia levar à casa dela?
            - Claro mamãe. A casa da vovó é bem pertinho!
            - Mas, tome muito cuidado. Não converse com estranhos, não diga para onde vai, nem pare para nada. Vá pela estrada do rio, pois ouvi dizer que tem um lobo muito mau na estrada da floresta, devorando quem passa por lá.
            - Está bem, mamãe, vou pela estrada do rio, e faço tudo direitinho!
            E assim foi. Ou quase, pois a menina foi juntando flores no cesto para a vovó, e se distraiu com as borboletas, saindo do caminho do rio, sem perceber. Cantando e juntando flores, Chapeuzinho Vermelho nem reparou como o lobo estava perto...
            Ela nunca tinha visto um lobo antes, menos ainda um lobo mau. Levou um susto quando ouviu:
            - Onde vai, linda menina?
            - Vou à casa da vovó, que mora na primeira casa bem depois da curva do rio. E você, quem é?
            O lobo respondeu:
            - Sou um anjo da floresta, e estou aqui para proteger criancinhas como você.
            - Ah! Que bom! Minha mãe disse para não conversar com estranhos e também disse que tem um lobo mau andando por aqui.
            - Que nada - respondeu o lobo - pode seguir tranquila, que vou na frente retirando todo perigo que houver no caminho. Sempre ajuda conversar com o anjo da floresta.
            - Muito obrigada, seu anjo. Assim, mamãe nem precisa saber que errei o caminho, sem querer.
            E o lobo respondeu:
            - Este será nosso segredo para sempre...
            E saiu correndo na frente, rindo e pensando:
            Aquela idiota não sabe de nada: vou jantar a vovozinha dela e ter a netinha de sobremesa Uhmmm! Que delícia!
            Chegando à casa da vovó, Chapeuzinho bateu na porta:
            - Vovó, sou eu, Chapeuzinho Vermelho!
            - Pode entrar minha netinha. Puxe o trinco, que a porta abre.
            A menina pensou que a avó estivesse muito doente mesmo, para nem se levantar e abrir a porta. E falando com aquela voz tão estranha...
            Chegou até a cama e viu que a vovó estava mesmo muito doente. Se não fosse a touquinha da vovó, os óculos da vovó, a colcha e a cama da vovó, ela pensaria que nem era a avó dela.
            - Eu trouxe estas flores e os docinhos que a mamãe preparou. Quero que fique boa logo, vovó, e volte a ter sua voz de sempre.
            - Obrigada, minha netinha - disse o lobo, disfarçando a voz de trovão.
            Chapeuzinho não se conteve de curiosidade, e perguntou:
            - Vovó, a senhora está tão diferente: por que esses olhos tão grandes?
            - É pra te olhar melhor, minha netinha.
            - Mas, vovó, por que esse nariz tão grande?
            - É pra te cheirar melhor, minha netinha.
            - Mas, vovó, por que essas mãos tão grandes?
            - São para te acariciar melhor, minha netinha.
            A essa altura, o lobo já estava achando a brincadeira sem graça, querendo comer logo sua sobremesa.
            Aquela menina não parava de perguntar...
            - Mas, vovó, por que essa boca tão grande?
            - Quer mesmo saber? É pra te comer!!!!
            - Uai! Socorro! É o lobo!
            A menina saiu correndo e gritando, com o lobo correndo bem atrás dela, pertinho, quase conseguindo pegar.
            Por sorte, um grupo de caçadores ia passando por ali bem na hora, e seus gritos chamaram sua atenção. Ouviu-se um tiro, e o lobo caiu no chão, a um palmo da menina.
            Todos já iam comemorar, quando Chapeuzinho falou:
            - Acho que o lobo devorou minha avozinha.
            - Não se desespere pequenina. Alguns lobos desta espécie engolem seu jantar inteirinho, sem ao menos mastigar. Acho que estou vendo movimento em sua barriga, vamos ver...
            Com um enorme facão, o caçador abriu a barriga do lobo de cima a baixo, e de lá tirou a vovó
inteirinha, vivinha.
            - Viva! Vovó!
            E todos comemoraram a liberdade conquistada, até mesmo a vovó, que já não se lembrava mais de estar doente, caiu na farra.
            " O lobo mau já morreu. Agora tudo tem festa: posso caçar borboletas, posso brincar na floresta."

Gostou da história? Você já a conhecia? Prestou atenção nos detalhes? De acordo com o que você leu, responda:

1. Quais são os personagens desse conto de fadas?
2. O que o lobo diz de si mesmo que é justamente o contrário do que ele é?
3. Por que o lobo começou achar “a brincadeira sem graça”?
4. Por que, segundo o texto, Chapeuzinho Vermelho seria a sobremesa do lobo?
5. Quando o lobo estava prestes a devorar Chapeuzinho os caçadores chegaram e o mataram. Como os caçadores descobriram que a vovó ainda estava viva?

Literatura 6º ano - A lebre e a tartaruga; A aposta; Maria vai com as outras

Estudos Independentes – Literatura - 6º ano - Professora: Eva
Aluno(a): ______________________Nº:_______ Turma: ____

A lebre e a tartaruga
                         Esopo

            A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga.
            – Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.
            A lebre caiu na gargalhada.
            – Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!
            – Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
            – É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.
            No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.
            "Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou.
            A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou.
            Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.
            Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta. Quando dizia que era o animal mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga...
       Moral da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
http://www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htm

1. Neste texto vários animais estão envolvidos na realização de uma corrida. Eles são personagens da história. Quem são eles?
2. Segundo o texto, qual foi a tarefa escolhida para a raposa?
3. “É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.” O que será que a lebre quisdizer com isso?
4. Por que a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta?
5. Como você entendeu a moral da história?

A aposta
            Amélia é uma velhinha muito ativa e trabalhadeira. Um dia ela entrou no ônibus carregando uma cesta. O cobrador ouviu um barulho e perguntou-lhe:
            -A senhora está levando uma galinha na cesta?
            Amélia pensou, pensou e respondeu:
            - Hum... Galinha? Não... Não há galinha nenhuma na cesta.
            O cobrador insistiu tanto que Amélia resolveu fazer uma aposta:
            - Senhor cobrador, se for galinha, eu desço agora do ônibus... Se não for, eu viajo de graça.
            - Muito bem! – disse o cobrador confiante. – Concordo!
            Amélia, então, levantou a tampa da cesta e um galo de crista bem vermelhinha cantou satisfeito:
            - Cocorocó!...
            - Viu só? Eu não disse que não era galinha?!
            O cobrador riu e deixou a velhinha viajar de graça.
Adaptação de conto popular – Luciana M.M. Passos.

6) Onde se passa a história?
7) Você acha que a velhinha mentiu para o trocador? O que levou você a pensar assim?
8) Como foi solucionada a situação?
9) Por que você acha que o trocador riu?

Maria-vai-com-as-outras
            Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também.
            Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras.
            Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.
            - Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!
            Maria ia sempre com as outras.
            Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló.
            Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!
            Foi quando de repente, Maria pensou:
            “Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”
            Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
            Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as ovelhas pularam.
            Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!
            E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu uma feijoada.
            Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.
ORTHOF, Sylvia. Maria-vai-com-as-outras. São Paulo: Ática, 1982

10- Quem escreveu o texto Maria-vai-com-as-outras?

11- Pode-se dizer sobre a personagem principal que:
a. Ela sabe exatamente o que quer fazer.          
b. Ela sempre tem idéias maravilhosas.
c. Costuma agir pela opinião dos outros.
d. Não faz nada que lhe mandam.

12- Quando Maria ficou resfriada?
a. Quando resolveu contar uma história.
b. Quando resolveu comer uma feijoada.
c. Quando seguiu as ovelhas para o Pólo Sul.
d. Quando foi para o deserto.

13- Quantas vezes Maria, segundo o texto, adoeceu?
(A) Uma vez.
(B) Quatro vezes.
(C) Duas vezes.
(D) Três vezes

14- Quando Maria tomou consciência de que imitava as outras ovelhas?
(A) Quando foi para o deserto.
(B) Quando teve que comer jiló.
(C) Quando as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa.
(D) Quando foi para o Pólo Sul.

15- Como você explica a última frase do texto - Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.?
(A) A ovelha Maria vai pular do Corcovado.
(B) A ovelha Maria agora só faz o que deseja.
(C) A ovelha Maria sempre seguirá os passos de outras ovelhas.
(D) A ovelha Maria vai para o Pólo Sul.