Peço desculpas por não enviar o gabarito das atividades postadas anteriormente, mas tentarei disponibilizar sugestões de respostas para as próximas postagens. Este está sendo um ano de muito trabalho e pouco tempo. Conto com a compreensão de todos. 28/11/16.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Interpretação de texto - 9º ano

Este é um poema sob forma de um repente nordestino. O “repente” é uma modalidade popular de poesia, cantado por violeiros. Ele obedece às regras de um tipo de estrofe chamado martelo alagoano, composto por dez versos, cuja última linha, obrigatoriamente, termina com a expressão martelo alagoano.
 
 
          Potira
Valdeck de Garanhuns
Dois amantes viviam a sonhar
bem felizes curtiam sua terra
mas um dia chegou a triste guerra
e o casal teve que se separar.
O guerreiro partiu para lutar
muito triste pois não era seu plano
a esposa ficou em desengano
coração apertado de sofrer
esperando o amado aparecer
pra cantar um martelo alagoano.
 
 
Prometeu que jamais ia chorar
esperando o regresso do amado
e seu pranto no peito estagnado
só com a morte iria derramar.
Todo dia Potira ia olhar
se seu índio surgia, mesmo insano
mas o rio revelava seu engano
e Potira voltava para a aldeia
pra sonhar sob a luz da lua cheia
e cantar seu martelo alagoano.
 
 
Essa índia sofreu e esperou
o regresso do índio tão querido
quando soube da morte do marido
todo pranto que tinha derramou.
Lá na beira do rio ela ficou
a chorar seu destino tão tirano
mas tupã o bondoso soberano
transformou suas lágrimas brilhantes
em milhões e milhões de diamantes
e o seu pranto em martelo alagoano.
Garanhuns Valdeck de. Mitos e lendas brasileiras em prosa e versos recontados por Valdeck de Garanhuns. Série Folia Popular, 1ª Ed., São Paulo, Moderna, 2007.)

 
1)      Marque a alternativa em que os fatos apresentados n poema que você acabou de ler estejam dispostos em ordem cronológica.
 I.            Potira olhava ao longe diariamente.
II.            Tupã valorizou o sofrimento de Potira.
III.            O índio exerceu a sua função de guerreiro.
IV.            O guerreiro e Potira se divertiam com frequência.
V.            Potira tem o eu coração estraçalhado.
a)      IV,III,V,I,II.
b)      III,IV,I,II,V.
c)       IV,I, III, V, II.
d)      I, IV, III, II, V.
e)      III, I, II, IV, V.
2)      No verso 4, “e o casal teve que se separar”, a expressão sublinhada indica
a)      Desejo.
b)      Vontade.
c)       Obrigação.
d)      Continuidade.
e)      Possibilidade.

3)      Alguns termos são utilizados para retomar palavras já mencionadas no texto e, assim, evitar a repetição desnecessária. Nos versos de 15 a 17, “Todo dia Potira ia olhar / se seu índio surgia, mesmo insano / mas o rio revelava o seu engano”, a palavra sublinhada retoma o seguinte termo:
a)      Potira.
b)      Índio.
c)       Insano.
d)      Rio.
e)      Engano.

4)      Dependendo do contexto, uma mesma palavra pode apresentar sentidos diferentes. Nos versos 19 e 20, “pra sonhar sob a luz da lua cheia / e cantar seu martelo alagoano”, a palavra destacada indica a adição de duas ações. Quanto aos versos 3 e 4 “mas um dia chegou a triste guerra / e o casal teve que se separar.”, a mesma palavra sublinhada estabelece, com o verso anterior, uma relação de sentido de
a)      Tempo.
b)      Condição.
c)       Comparação.
d)      Causa.
e)      Conseqüência.

5)      Pelo que você leu no poema só não se pode afirmar que
a)      A guerra é um FATO e a morte do índio, uma CONSEQUÊNCIA desse fato.
b)      A morte do índio é um FATO e a guerra, a CAUSA desse fato.
c)       A separação do casal é um FATO e as lágrimas de Potira, a  CONSEQUÊNCIA desse fato.
d)      A guerra é um FATO e o sofrimento de Potira, a CONSEQUÊNCIA desse fato.
e)      A morte do guerreiro é um FATO e o amor de Potira, a CAUSA desse fato.

6)      Marque a opção em que a substituição do termo sublinhado pelo que está indicado em seguida altera o sentido da frase.
a)      “a esposa ficou em desengano / coração apertado de sofrer” (versos 7 e 8) – desilusão.
b)      “mas o rio revelava seu engano / e Potira voltava para a aldeia” (versos 17 e 18) – encobria.
c)       “Essa índia sofreu e esperou / o regresso  do índio tão querido” (versos 21 e 22) – volta.
d)      “Lá na beira do rio ela ficou / a chorar seu destino tão tirano” (versos 25 e 26) – cruel.
e)      “mas Tupã o bondoso soberano / transformou suas lágrimas brilhantes” (versos 27 e 28) – deus.

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