- O IDOSO BRASILEIRO
- VACINAÇÃO
- ATIVISMO NAS REDES SOCIAIS
- PRECONCEITO LINGUÍSTICO
- IMPARCIALIDADE DA IMPRENSA
- EVASÃO ESCOLAR
- “JEITINHO BRASILEIRO” E CORRUPÇÃO
- JOGOS ELETRÔNICOS E COMPORTAMENTO
- HOMESCHOOLING
- GERAÇÃO NEM-NEM
- EMPATIA
- DEPRESSÃO ENTRE ADOLESCENTES
- PROTAGONISMO JUVENIL
- SEXTING E PORNOGRAFIA DE REVANCHE
- EDUCAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
- DEPENDENTE QUÍMICO E INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA
- VIOLÊNCIA URBANA E INEFICIÊNCIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
- DOENÇAS DA MODERNIDADE
- SUICÍDIO ENTRE JOVENS
- – PATRIOTISMO E PARTICIPAÇÃO DA JUVENTUDE NA POLÍTICA
- DEMOCRACIA, CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
- A CRISE DOS VALORES MORAIS
Diálogos
"Os homens podem dividir-se em dois grupos: os que seguem em frente e fazem alguma coisa e os que vão atrás a criticar." (Sêneca)
Peço desculpas por não enviar o gabarito das atividades postadas anteriormente, mas tentarei disponibilizar sugestões de respostas para as próximas postagens. Este está sendo um ano de muito trabalho e pouco tempo. Conto com a compreensão de todos. 28/11/16.
domingo, 20 de outubro de 2019
Propostas de redação
Clique no link.
domingo, 16 de abril de 2017
Exercícios Romantismo
O
romance Os sofrimentos do jovem Werther,
do escritor alemão Goethe, é um dos marcos fundadores do romantismo europeu e
exerceu grande influência sobre os escritores românticos brasileiros.
A
obra tem uma estrutura epistolar, construída a partir de cartas que Werther, um
jovem escritor e pintor, escreve a um amigo. Por meio delas, fica-se sabendo da
chegada do jovem a um vilarejo alemão, do despertar de sua paixão não
correspondida por Carlota. Carlota casa-se com Alberto, e Werther torna-se
amigo do casal, o que acentua ainda mais sua frustração amorosa e acaba por
levá-lo ao suicídio.
Você
vai ler, a seguir, duas cartas: a primeira é escrita pelo protagonista logo
após sua chegada ao vilarejo, pouco antes de ele conhecer Carlota e
apaixonar-se por ela. A segunda é escrita quando ele já está perdidamente
apaixonado por Carlota.
10 de maio
Uma
serenidade maravilhosa inundou toda a minha alma, semelhante às doces manhãs
primaveris com as quais me delicio de todo coração. Estou só e entrego-me a
alegria de estar vivendo nesta região, ideal para almas iguais a minha. Estou
tão feliz, meu bom amigo, de tal modo imerso no sentimento de uma existência
tranquila, que minha arte está sendo prejudicada. Neste momento não poderia
desenhar uma linha sequer e, no entanto, nunca fui um pintor mais abençoado do
que agora. Quando, ao meu redor, os vapores emanam do belo vale e o sol a pino
pousa sobre a escuridão indevassável de minha floresta, e apenas alguns raios
solitários se insinuam no centro deste santuário; quando, à beira do riacho
veloz, deitado na grama alta, descubro rente ao chão a existência de mil
plantinhas diferentes; quando sinto mais perto do meu coração o fervilhar do
pequeno universo por entre as hastes, as inumeráveis e indecifráveis formas das
minhoquinhas e dos pequenos insetos, quando sinto a presença do Todo- Poderoso,
que nos criou a Sua imagem, o sopro do Deus Amantíssimo que a todos nos ampara
e sustenta
em eterna glória – nestes momentos, meu amigo, quando a
penumbra da bem-amada, muitas vezes arrebata-me um anelo ardente e fico
pensando: “Ah, se pudesses expressar tudo isso, se pudesses imprimir no papel
tudo aquilo que palpita dentro de ti com tanta plenitude e tanto calor, de tal
forma que a obra tornasse o espelho de tua alma, assim como tua alma é o
espelho do Deus infinito!” – meu amigo – Mas soçobrarei, sucumbo ao poder da
grandiosidade destas
manifestações.
(J. W. Goethe. Os sofrimentos do jovem
Werther. 2. Ed. Trad. Por Marion Fleischer. São Paulo: Martins Fontes, 1998.)
Anelo: desejo
intenso, aspiração.
Soçobrar: perder a
coragem, desanimar, naufragar
30 de agosto
Infeliz! Não
és um tolo? Não te enganas a ti mesmo? Porque te entregas a esta paixão
desenfreada, interminável? Todas as minhas preces dirigem-se a ela; na minha
imaginação não há outra figura senão a dela, e tudo que me cerca somente têm
sentido quando relacionado a ela. E isso me proporciona algumas horas de
felicidade – até o momento em que novamente preciso separar-me dela! Ah,
Wilhelm!, quantas coisas o meu coração desejaria fazer! Depois de estar junto
dela duas ou três horas, deliciando-me com sua presença, suas maneiras, a
expressão celestial de suas palavras, e todos os meus sentidos pouco a pouco se
tornaram tensos, de repente uma sombra turva meus olhos, mal consigo ouvir,
sinto-me sufocado, como se estivesse sendo estrangulado por um assassino, meu
coração bate estouvadamente, procurando acalmar os meus sentidos atormentados, mas
conseguindo apenas aumentar a perturbação – Wilhelm, muitas vezes nem sei se
ainda estou nesse mundo! E em outros momentos - quando a tristeza não me subjuga
e Carlota me concede o pequeno conforto de dar livre curso as minhas mágoas, derramando
lágrimas abundantes sobre suas mãos – tenho necessidade de afastar-me, de ir
para longe, e então me ponho a errar pelos campos. Nessas horas, sinto prazer
em escalar uma montanha íngreme, em abrir caminho num bosque cerrado, passando
por arbustos que me ferem, por espinhos que me dilaceram a pele! Sinto-me um
pouco melhor então. Um pouco! E quando então, cansado e sedento, às vezes fico
prostrado no caminho, no meio da noite, a lua cheia brilhando sobre minha
cabeça, quando na solidão do bosque busco repouso no tronco retorcido de uma
árvore, para aliviar meus pés doloridos, e
então adormeço, na meia-luz, mergulhando num sono inquieto –
Ah, Wilhelm!, nessas horas de solidão de uma cela, o cilício e o cíngulo de
espinhos seriam um bálsamo para minha alma sequiosa! Adeus! Somente o túmulo
poderá libertar-me desses tormentos.
(J. W. Goethe. Os sofrimentos do jovem
Werther. 2. Ed. Trad. Por Marion Fleischer. São Paulo: Martins Fontes, 1998.)
Cilício: cinto ou cordão cheio de pontas usado
pelos penitentes.
Cíngulo:
cordão,
cinto.
Errar:
andar sem
rumo, vaguear.
Prostrado:
abatido,
desanimado, sem forças
Turvar: tornar opaco, tornar triste
1. Compare as duas cartas.
a) Como Werther se sente na primeira carta? E na segunda?
b) A que se deve a mudança de espírito da personagem?
2. A natureza assume um papel de destaque nos textos românticos.
Mais do que mero cenário, ela geralmente interage com as personagens, podendo
espelhar o estado de espírito delas. Observe o modo como a personagem se refere
à natureza nas duas cartas. O que muda na descrição que a personagem faz da natureza
nas duas situações?
3. Durante a era Clássica, os textos literários faziam
referência aos deuses da mitologia Greco-latina. No romantismo, que busca uma
aproximação com seu público consumidor – a burguesia – , surgem manifestações
de religiosidade cristã. Identifique na primeira carta um exemplo dessas
manifestações.
4. Nas obras de ficção do Romantismo, o amor é um tema muito
caro. Geralmente as personagens lutam por seu ideal amoroso, contrapondo-se às
normas, padrões e conveniências sociais. Diante dos obstáculos, os
relacionamentos românticos podem ter dois tipos de desfecho: o final trágico,
que leva à morte de pelo menos um dos amantes, ou o final feliz. Nessa obra de
Goethe, o final é trágico.
a) Que tipo de obstáculo impede Werther de conquistar o amor
Carlota?
b) Leia a última frase da segunda carta. Que significado tem
a morte para Werther nesse contexto?
5. O escapismo ou
desejo de evasão é uma constante nos textos românticos. Manifesta-se na busca
da natureza, na fuga para o passado próximo (a infância) ou distante (a idade
Média), o sonho ou a fantasia e a morte. Identifique, na segunda carta,
manifestações do escapismo.
6. Identifique as características românticas presentes nas
cartas da obra de Goethe.
Fonte: livro Português linguagens - 2º ano EM
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)