Peço desculpas por não enviar o gabarito das atividades postadas anteriormente, mas tentarei disponibilizar sugestões de respostas para as próximas postagens. Este está sendo um ano de muito trabalho e pouco tempo. Conto com a compreensão de todos. 28/11/16.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Resultado do concurso de redação

O resultado do Concurso de Redação será divulgado para os alunos e seus respectivos pais, durante evento que será realizado na escola no dia 10 de dezembro.
Assim que ocorrer a premiação divulgarei, aqui no blog, fotos do evento.

sábado, 26 de novembro de 2011

Projetos de 2011 - Eva

Com base na observação do comportamento dos alunos nos anos anteriores, sentimos a necessidade de desenvolver ações que despertassem valores centrados no respeito às diferenças e na valorização da amizade. Surgiu então a proposta de refletir, juntamente com os alunos, logo no início das aulas, algumas regras de convivência. Nascia aí o primeiro projeto pedagógico de 2011 — Conviver — que tinha como objetivo tratar de um problema freqüente no âmbito escolar: o bullyng.
Utilizando filmes, vídeos, músicas, textos, jogos e pesquisas realizadas na escola, os alunos tomaram conhecimento de que as “brincadeirinhas”, muitas vezes feitas por eles, podem se tornar um grande problema tanto pra quem sofre quanto para quem as pratica.

O Projeto Livro Coletivo surgiu da necessidade de estimular a leitura e a escrita além valorizar as produções textuais feitas pelos alunos no decorrer do ano letivo. A ideia era trabalhar gêneros textuais variados com atividades interdisciplinares envolvendo os demais projetos realizados na escola. Desta forma pretendíamos avaliar o quanto cada ação influenciou tanto na aprendizagem de conteúdos curriculares quanto na aquisição de valores éticos e sociais.
Pensando em sanar as dificuldades de leitura, escrita e interpretação de forma prazerosa, através de livros literários que despertem a sensibilidade do aluno para experimentar aventuras, fantasias e aprendizados que serão aproveitados, não só na vida escolar, como também na sua inserção como ser atuante no meio em que vive, atendendo às exigências da sociedade moderna, surgiu a ideia  de realizar o  Projeto Álbum de Figurinhas.
Para a montagem do álbum de figurinhas, foram selecionados alguns livros literários, adequados à idade dos estudantes do 6º ano, e colocados em uma caixa na biblioteca. Cada aluno poderia escolher um livro para ler e fazer uma resenha. Após a correção da resenha, o aluno receberia uma figurinha ilustrativa do livro lido.



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Avaliação para 5º e/ou 6º ano

Prova de Literatura – Professora: _________________ – Data: ____/_____/_____
Aluno(a): ____________________________________ nº: ______ Turma: ______

A causa da chuva
Não chovia há muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a uma conclusão.
_ Chove só quando a água cai do telhado de meu galinheiro - esclareceu a galinha.
_ Ora, que bobagem! - disse o sapo de dentro da lagoa. - Chove quando a água da lagoa começa a borbulhar suas gotinhas.
_ Como assim? - disse a lebre. - Está visto que só chove quando as folhas das árvores começam a deixar cair as gotas d'água que têm dentro.
Nesse momento começou a chover.
_ Viram? - gritou a galinha. - O telhado de meu galinheiro está pingando. Isso é chuva!
_ Ora, não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando? - disse o sapo.
_ Mas, como assim? - tornou a lebre - Parecem cegos! Não vêem que a água cai das folhas das árvores?
                                                                                                                       Millôr Fernandes

1- O trecho do texto que indica um fato é
(A) “...começou a chover.” 
(B) “... diziam que ia demorar...”  
(C) “... que bobagem!”  
(D) “... diziam que ia chover...”

2- A ideia central do texto é apresentar uma discussão sobre
(A) o telhado do galinheiro.   (B) a chuva.   (C) a água da lagoa.   (D) as folhas das árvores.

3- A inquietação dos animais tem como causa
(A) a necessidade de águas nas árvores do lugar.  
(B) a expectativa de chuva no verão na lagoa.
(C) a ausência de água na lagoa onde moravam.      
(D) a falta de chuvas no lugar onde moravam.

Caverna
Houve um dia,
no começo do mundo
em que o homem
ainda não sabia
construir sua casa.

Então disputava
a caverna com bichos
e era aí sua morada.

Deixou para nós
seus sinais,
desenhos desse mundo
muito antigo.

Animais, caçadas, danças,
misteriosos rituais.

Que sinais
deixaremos nós
para o homem do futuro?
                     Roseana Murray. Casas. Belo Horizonte: Formato, 2004.

4- No último verso da segunda estrofe: ”e era aí sua morada, a expressão em destaque pode ser substituída por:  (A) sua casa.   (B) o homem.   (C) do mundo.   (D) com bichos.

Chegou a festa junina!
(Fragmentos)
Antes da era cristã, alguns povos antigos - persas, egípcios, celtas, sírios, bascos, sardenhos, bretões e sumérios - faziam rituais para invocar a fertilidade de suas plantações. Eles acendiam fogueiras para espantar os maus espíritos e desejavam obter uma boa safra. Isso acontecia em junho, época em que se inicia o verão no hemisfério norte. Esses festejos e perpetuaram. Mais tarde, passaram a ser seguidos não só pelos camponeses, mas também pelos homens da cidade na Europa. No entanto, os rituais eram considerados pagãos pela Igreja Católica. Como não era possível dar fim a uma tradição tão antiga, a Igreja adaptou essa celebração a seu calendário de festividades no século 4. Estava iniciada a Festa Joanina, que recebeu este nome em homenagem a São João Batista, um dos santos mais importantes celebrados em junho - os outros são Santo Antônio (no dia 13) e São Pedro (no dia 29).
(http://www.cienciahoje.uol.com.br)
5- A igreja adaptou os rituais a seu calendário de festividades porque
(A) deveria espantar os bons espíritos.  (B) queria perpetuar os festejos na Europa.
(C) desejava manter os rituais no hemisfério norte. 
(D) seria muito difícil romper com as antigas tradições.

6- Em “Esses festejos se perpetuaram.” , o trecho que mantém o sentido da  expressão em destaque é
(A) ... “persas, egípcios, celtas, sírios, bascos, sardenhos, bretões e sumérios - faziam rituais para invocar a fertilidade de suas plantações.”
(B) “Mais tarde, passaram a ser seguidos não só pelos camponeses, mas também pelos homens da cidade na Europa.”
(C) “Isso acontecia em junho, época em que se inicia o verão no hemisfério norte.”
(D) “Estava iniciada a Festa Joanina, que recebeu este nome em homenagem a São João Batista, ...”

Viagem de Bonde
(Fragmentos)
Era o Bonde Engenho de Dentro, ali na Praça Quinze. Vinha cheio, mas como diz, empurrando sempre encaixa. O que provou ser otimismo, porque talvez encaixasse metade ou um quarto de pessoa magra, e a alentada senhora que se guindou ao alto estribo e enfrentou a plataforma traseira junto com um bombeiro e outros amáveis soldados, dela talvez coubesse um oitavo. Assim mesmo, e isso prova bem a favor da elasticidade dos corpos gordos, ela conseguiu se insinuar, ou antes, encaixar. E tratava de acomodar-se gingando os ombros e os quadris à direita e à esquerda, quando o bonde parou em outro poste, e o soldado repetiu o tal slogan do encaixe. E foi subindo logo quem! uma baiana dos seus noventa quilos ... E aquela baiana pesava seus noventa quilos mas era nua, com licença da palavra, pois com tanta saia engomada e mais os balangandãs, chegava mesmo era aos cem...
(O Melhor da crônica brasileira. Raquel de Queiroz/Viagem de Bonde.Editora Olympio.Rio de Janeiro/1980.p.53)

7- O trecho que apresenta característica de humor é
(A) “Era o Bonde Engenho de Dentro, ali na Praça Quinze. Vinha cheio, mas como diz, ... “
(B) “Assim mesmo, e isso prova bem a favor da elasticidade dos corpos gordos, ela conseguiu se insinuar, ou antes, encaixar. “
(C) “E aquela baiana pesava seus noventa quilos mas era nua, com licença da palavra, pois com tanta saia engomada e mais os balangandãs, chegava mesmo era aos cem... “
(D) “quando o bonde parou em outro poste, o soldado repetiu o tal slogan do encaixe. “


8- O fato que justifica a fala da menina é
(A) os casais estarem dançando em pé. 
(B) o menino maluquinho estar dançando sentado no cavalo.
(C) a menina estar segurando a mão do maluquinho. 
(D) o cavalo estar com a pata mal colocada no chão.

domingo, 20 de novembro de 2011

Formação de palavras - 1º ano EM

1)      Leia este poema de Camões.

Ao desconcerto do mundo

Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos; 
E pera mais me espantar, 
Os maus vi sempre nadar 
Em mar de contentamentos. 
Cuidando alcançar assim 
O bem tão mal ordenado, 
Fui mau, mas fui castigado. 
Assim que, só pera mim, 
Anda o Mundo concertado.

Camões, Luís de. In: SALGADO JÚNIOR,Antônio(Org.). Luís de Camões: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.p.475-476

a)     Nesses versos, o eu lírico compara o destino das pessoas no mundo. A que conclusão ele chegou?
b)     Como a vida do eu lírico foi afetada por essa visão?
c)     O que significa o título, tendo em vista os dois últimos versos?
d)     Releis estes versos: “Os bons vi sempre passar.../” “Os maus vi sempre nadar...”. Qual é o processo de formação das palavras destacadas? Justifique sua resposta.
e)     Transcreva do poema palavras que se formam por derivação prefixal e derivação sufixal.
f)     A partir das palavras a seguir, forme outras pelo processo de derivação regressiva.
       passar - espantar - alcançar - castigar - nadar - acontecer

2)     Forme parassintéticos verbais que tenham como base os nomes a seguir.
grande – parede – pedaço – sócio – terra – velho – caixa - frio                                                  3)     Leia este anúncio publicitário.

a)     O anúncio promove um novo produto e para isso utiliza a linguagem verbal (texto) e a linguagem não verbal (imagem). Como o texto, na parte inferior do anúncio visa persuadir o consumidor. Nesse caso, que recursos foram empregados?
 b)     Todo núncio visa persuadir o consumidor. Nesse caso, que recursos foram empregados?
 c)     Copie do texto palavras que se formam pelos processos a seguir.
 ·   Derivação sufixal
 ·   Derivação prefixal e sufixal
 ·   Siglonimização
 ·   Composição por justaposição
·         parassíntese
 1)      Transcreva, das sequências a seguir, as palavras formadas por derivação prefixal e sufixal.
 a)     reflorestamento, esfarelar, emagrecer, desqualificar
 b)     desonestidade, inconstitucional, ensurdecer, reintegração
 2)      Leia a tira a seguir.
a)     O rato Níquel Náusea, falando indiretamente, tenta ensinar a seu companheiro um pouco de etiqueta. Qual teria sido a intenção do quadrinista nesse texto?
 b)     Como se chamam as palavras que expressam os sons produzidos pela boca aberta do personagem?
 c)     No caderno, copie da tira a palavra empregada pelo processo de derivação imprópria.
 2)     Escreva no caderno os processos de formação das palavras a seguir.
a)     boquiaberto
b)     plaft-pluft
c)     portunhol
d)     sanduíche
e)     neura
f)     aids
g)     subalimentado
h)     empalidecer
i)       televisão
j)      vitória-régia
k)     abajur
l)       choro
3)     Leia a tira a seguir.
a)     Aline sente-se frustrada com o seu blog, e esse sentimento piora quando se encontra com o único apreciador de sua arte. O que o quadrinista parece sugerir nessa tira? 
b)     Transcreva no caderno exemplos de neologismos e de derivação regressiva.


GABARITO:
1)
a)      Os bons, que praticam o bem, sofrem grandes desventuras, enquanto os maus vivem em constante alegria.
b)      Decepcionado, ele decidiu agir como os maus, na ilusão de também viver feliz; porém, não teve a mesma sorte, porque pagou por seus erros.
c)      Segundo o eu lírico, não há justiça no mundo, onde os bons são considerados culpados, e os maus, inocentes. Porém, somente com ele o mundo agiu com rigor.
d)      Derivação imprópria, pois houve mudança de classe gramatical (adjetivos passaram a substantivos).
e)      Derivação prefixal: desconcerto; derivação sufixal: passar, espantar, nadar, contentamentos, alcançar, ordenado, castigado, concertado.
f)      passe, espanto, alcance, castigo,  castigo, nado, concerto.

2) engrandecer, emparedar, despedaçar, associar, aterrar, envelhecer, encaixar, esfriar.
3)
a)      A imagem central sugere o sol com os produtos para a proteção da pele. As embalagens mostram o que o texto informa: são hidratantes contra os raios UVB com fatores variados para a proteção da pele contra os raios solares.
b)      A imagem atraente e bem centralizada; o texto apresenta uma série de argumentações que estimulam o interesse do consumidor e, ao mesmo tempo, esclarece sobre a qualidade e os benefícios do produto.
c)       
·          Derivação sufixal: fórmula, tecnológica, durante, combater, hidratante, textura, resistente.
·          Derivação prefixal e sufixal: exposição, antioxidante.
·          Siglonimização: UVA, UVB, CAO.
·          Composição por justaposição: fotoequilíbrio, fotoestável, fotoenvelhecimento.
·          Parassíntese: aproveitar
4)
a)       Reflorestamento, desqualificar
b)       Desonestidade, inconstitucional, reintegração
5)
a)       Pessoal. Sugestão: Mostrar que muitas pessoas não compreendem o texto quando ele não é apresentado explicitamente. O companheiro do rato não entendeu que a fala foi uma indireta para ele passar a comer de boca fechada.
b)       Onomatopeias.
c)       Ambiente é substantivo, mas passou a adjetivo ao caracterizar o substantivo música.
6)
a)       Composição por aglutinação
b)       Onomatopeia
c)       Palavra-valise
d)       Estrangeirismo
e)       Abreviação
f)       Siglonimização
g)       Derivação prefixal e sufixal
h)       Derivação parassintética
i)        Hibridismo
j)        Composição por justaposição
k)       Estrangeirismo
l)        Derivação regressiva
7)
a)        Na verdade, o blog de Aline não era de boa qualidade, já que conseguiu agradar apenas a uma pessoa masoquista.
b)       Neologismos: blog, fotolog; derivação regressiva: fracasso, renda.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Diálogos: Redação Legal

Diálogos: Redação Legal: FÁBULA: A   fábula   é uma narração breve e alegórica, cujas personagens são animais com sentimentos e características humanas, que sustent...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

História em quadrinhos - 8º e/ou 9º ano - com gabarito

1)       Uma personagem de HQ costuma ter características marcantes. Descreva em seu caderno:
a)      Como é Filipe fisicamente?
b)      Quais são as características da personagem de Filipe?
c)      O humor das tiras é derivado das características físicas ou psicológicas de Filipe?

2)      Você se identifica de alguma forma com Filipe? Em que você acha que é semelhante a ele? Em que você é diferente?

3)      As tiras a, b e c apresentam uma característica típica do humor que é a “reversão das expectativas”, ou seja, elas apresentam no último quadrinho uma situação que contradiz toda a sequência anterior. Copie as orações abaixo e complete-as, explicando com suas palavras o que ocorre no último quadrinho de cada tira.
a)      Na tira a, Filipe precisa tomar uma atitude e fazer os deveres, mas...
b)      Na tira b, Filipe acorda, vai para a escola, vê que ela está sendo demolida, mas...
c)      Na tira c, Filipe se esforça para prestar atenção à aula, mas...

4)      Os balões das HQs misturam linguagem verbal e não verbal, trazendo-nos informações importantes.
a)      Quais tiram contêm balões de pensamento?
b)      Na tira b, o que você acha que Filipe estaria murmurando no primeiro quadro?
c)      No terceiro quadro da tira b, o autor usa dois pontos de exclamação no final das frases. Por quê?
d)      Na tira b há um balão cujo rabicho sai do quadrinho. Quem está falando?
e)      No último quadro da tira c, múltiplos rabichos saem do balão. O que isso significa?

5)      Que tipo de revista Filipe está lendo na tira d?
6)      No quinto quadro da tira d, o texto o balão lido por Filipe torna-se incompreensível.
a)      Na sua opinião, por que isso acontece?
b)      Por que o autor desenhou um coração nesse quadro?

7)      Que recursos visuais o autor usa para representar a vergonha de Filipe na tira d?

8)      Às vezes mais de uma ação podem estar representadas em um único quadrinho. Relate qual a sequência de ações de Filipe no único quadro da tira e.

Oliveira, Gabriela Rodella de. Portugês: a arte da palavra, 6º ano. 1.ed. São Pulo: Editora AJS Ltda,2009


GABARITO:
1)       a- É um menino loiro, dentuço.
b- Gosta de ler quadrinhos. É preguiçoso, não gosta da escola. Tem uma imaginação fértil. É muito tímido.
c- Das características psicológicas.
2)      Resposta pessoal.
3)      a- ... se comporta como um rato (come queijo enquanto lê HQs).
b- ... percebe que estava apenas imaginando.
c- ... ao ficar se disciplinando, deixa de prestar atenção à professora.
4)      a- As tiras a, b, c e d.
b- Resposta pessoal.  Sugestão: “já acordei mãe!”
c- Para enfatizar a fala da personagem.
d- Resposta pessoal. Possivelmente a mãe da personagem.
e- Isso representa a fala de personagens que estão fora do quadro.
5)      Uma revista de quadrinhos.
6)      a- Resposta pessoal. Sugestão: Isso ocorre porque Filipe não consegue se concentrar na HQ quando está perto da garota de que gosta.
b- Para representar o amor que Filipe sente pela garota.
7)      A face de Filipe fica vermelha e gotas de suor pulam de seu rosto.
8)      Filipe se aproxima da garota pela qual está apaixonado com a intenção de falar com ela, mas fica muito envergonhado, desiste da conversa e se afasta cabisbaixo, triste e pensativo.


Dica: para copiar a imagem com um tamanho bom, clique primeiro em cima do desenho, copie e cole no word.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Atividade avaliativa - Interpretação 7º ano

Atividade Avaliativa de Língua Portuguesa - Data: _____/_____/_____ Valor: ______
Aluno(a): ________________________________________Nº: ____ Turma: _______
Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para
não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada cardíaca.
(Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um  tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.
– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.
Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.
– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” – ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”.
Uma pausa, e ela continuou:
– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.
Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.
– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.
Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.
Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

1- O trecho da crônica que mostra que o cronista inspirou-se em um fato real é
(A) a notícia, retirada da Internet, que introduz a crônica.
(B) as manobras de ressuscitação praticadas pelos médicos.
(C) a reprodução da conversa entre a secretária e o tatuador.
(D) a história de amor entre a secretária e o tatuador.

2- O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária
(A) ser mais jovem que a enfermeira da notícia.          (B) concluir que a vida não vale a pena.
(C) achar romântica a história da enfermeira              (D) ter se envolvido com o tatuador.

3- Um trecho do texto que expressa uma opinião é
(A) “Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.”
(B) “O homem não comentou; perguntou apenas o que era para ser tatuado.”
(C) “A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
(D) “Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde.”

4- O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da secretária com o tatuador é
(A) “Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia”.
(B) “Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar”.
(C) “E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la”.
(D)” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.

É preciso se levantar cedo?
A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua sequência de surpresas, é inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre nessa matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos acomodemos.
Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:
– Você devia se levantar cedo, meu filho.
– E por quê, pai?
– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao amanhecer e encontrei um saco de ouro no meu caminho.
– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?
– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para casa.
– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro tinha se levantando ainda mais cedo. Você está vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo.

(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)

5- O diálogo entre pai e filho permite entender que
(A) pai e filho não se dão bem.                             (B) pai e filho têm os mesmos hábitos.
(C) pai e filho encontraram um saco de ouro.        (D) pai e filho pensam de forma diferente.

6- O uso do vocábulo “então”, que abre a fala final de Nasreddin, serve para que apresente ao seu pai
(A) a conclusão que tirou da resposta.               (B) a hora de encerrarem aquela conversa.
(C) a justificativa para acordar mais tarde.      (D) a hipótese de que estava com a razão.

O silêncio do rouxinol
[...]
Na época de Salomão, o melhor dos reis, um homem comprou um rouxinol que possuía uma voz excepcional. Colocou-o numa gaiola em que nada faltava ao pássaro e na qual ele cantava, horas a fio, para encanto da vizinhança.
Certo dia, em que a gaiola havia sido transportada para uma varanda, outro pássaro se aproximou, disse qualquer coisa ao rouxinol e voou. A partir desse momento, o incomparável rouxinol emudeceu.
Desesperado, o homem levou seu pássaro à presença do profeta Salomão, que conhecia a linguagem dos animais, e lhe pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.
O rouxinol disse a Salomão:
– Antigamente eu não conhecia nem caçador, nem gaiola. Depois me apresentaram a uma armadilha, com uma isca bem apetitosa, e caí nela, levado pelo meu desejo. O caçador de pássaros levou-me, vendeu-me no mercado, longe da minha família, e fui parar na gaiola deste homem que aí está. Comecei a me lamentar noite e dia, lamentos que este homem tomava por cantos de gratidão e alegria. Até o dia em que outro pássaro veio me dizer: “Pare de chorar, porque é por causa dos seus gemidos que eles o mantêm nessa gaiola”. Então, decidi me calar.
Salomão traduziu essas poucas frases para o proprietário do pássaro. O homem se perguntou: “De que adianta manter preso um rouxinol, se ele não canta?”. E lhe devolveu a liberdade.

CARRIÈRE. Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.

7- O fato que gera o conflito na história é o pássaro
(A) possuir uma voz excepcional.    (B) ter emudecido.   (C) ser um rouxinol.    (D) encantar a vizinhança.

8- No trecho “...cantava, horas a fio, para encanto da multidão.”, a expressão “horas a fio” tem o sentido de
(A) de vez em quando.   (B) durante muito tempo.
(C) pousado em um fio.  (D) sem cobrar por isso.

9- A decisão de não mais cantar, comunicada pelo rouxinol a Salomão, que a traduziu para o homem, teve, como consequência, o homem
(A) não entender a tradução.   (B) ficar desesperado.   (C) libertar o rouxinol.    (D) silenciar o rouxinol.

10- O trecho do texto que contém uma opinião é
(A) “Na época de Salomão, o melhor dos reis,...”    
(B) “Pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.”...
(C) “Comecei a me lamentar noite e dia,...”             
(D) “E lhe devolveu a liberdade.”

As questões dessa prova foram retiradas do site: http://www.rio.rj.gov.br/web/sme